domingo, 13 de novembro de 2011

Inclusão?!

Escola versus criança especial: medo, insegurança, necessidade, benefícios?!
Quando penso em escola para o Victor fico perdida no meio de tantos pensamentos, positivos e negativos, e vem a dúvida escola Especial ou Regular? E a tal da Inclusão?!

Ano passado surgiu uma proposta de trabalho, e fiquei louca para voltar a trabalhar fora, sim porque depois que ganhei o Victor passei a ser mãe 24hs, e achava que seria bom para nós dois um pouco de distância. E o que fazer com o Victor? Colocar na creche claro! Claro que não,  porque ele disseram que não poderia cuidar de uma criança com suas necessidades! E a escola particular!? Não tinha professores capacitados e não poderiam contratar uma pessoa só para auxiliá-lo em sala de aula. E agora?! APAE? Tentei em um perído de uns 3 meses, mas o Victor não se adaptou e eu também não estava gostando muito.

Depois de tudo isso desisti do emprego, e perebi que trabalhar no momento seria algo impossível, não pelo Victor, mas por nossa rotina de viagens e terapias. Mas a idéia da escola ficou e foi ganhando força. Ele, como qualquer criança da sua idade precisa estar na escola, para o desenvolvimento social e emocional. 

Decidi, depois de muito pensar, desistir e decidir novamente, que ele iria para escolar regular. Liguei para a escola pública mais próxima da minha casa para saber sobre a inclusão e matrícla, a diretora um pouco sem jeito, me disse que ele tinha que fazer uma avaliação no CAPI priemeiro para só então verificar a possiblidade dele frequentar a escolar regular. Han? E a tal da Inclusão?

Combinamos uma reunião com a equipe do CAPI aqui em casa. Vieram a coordenadora, psicológa e a fono, e elas me informaram que vieram para conhecer o Victor e suas necessidades e assim adaptar a escola para recebê-lo, e não para avaliar a possibilidade dele frequentar a escola, porque é um DIREITO dele. Fiquei muito feliz e satisfeita com a reunião, e elas só pediram um pouco de paciência, como ele seria o primeiro caso de paralisia tetra na rede de ensino escolar, os primeiro erros e acertos seriam com ele.

Na semana seguinte fui realizar sua matricula, e confesso que me senti uma cidadã ao assinar aquela folha de papel informando que meu filho está matriculado no maternal do ano letivo de 2012.

Mesmo sendo um direito de toda criança o acesso e pernência na escola, sabemos que de fato isso não acontece. E quando se fala em inclusão, não é integrar a criança à sala de aula, é incluí-la em todas as atividades. E não somente meu filho irá ganhar frequentando a escola, mas também todos os alunos e funcionários da escola, que terão a oportunidade de conhecer e conviver com uma criança especial, e formar um novo conceito de limitações, que muitas vezes não está nas pernas, nos braços e sim na cabeça e no coração que não se abrem para o novo, para o diferente.

A ansiedade e a felicidade foi tão grande, que não me segurei e já comprei o uniforme. Meu menino está crescendo!  Algumas inseguranças persistem em ficar, como será que o receberão? Será que cuidarão bem dele? Enfim, só experimentando para saber... o que me tranquiliza é que eu estarei com ele por algumas semanas para adaptação em sala de aula.


 

Um comentário:

  1. Q notícia maravilhosa! Com certeza, uma decisão difícil, mas, um passo muito grande na caminhada desse pequeno grande menino!
    Desde já te desejo sucesso, Victor! Q/ vc tenha um ótimo desenvolvimento neste espaço conquistado.
    Beijinhos, Deus abençoe!

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