sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Kinesio Tape ou bandagem

O método assenta no princípio de que o movimento e a atividade muscular são imprescindíveis para a manutenção de um estado saudável.

Tendo esta idéia como ponto de partida, foi desenvolvida a Banda Neuromuscular - uma banda elástica que auxilia a função muscular sem limitar amplitudes / movimentos.

Como principais objetivos da aplicação destas bandas podemos citar em primeiro lugar a capacidade de levantar a pele ativando a circulação sanguínea e linfática, além da capacidade de auxiliar o trabalho dos músculos, ligamentos e tendões, durante a reabilitação ou atividades desportivas.

Versatilidade é uma das suas características fundamentais, ao permitir que surjam novas aplicações e uma ínfima combinação de técnicas básicas, não só ao nível do tratamento muscular

“Cure Tape” tem uma elasticidade e espessura semelhantes às da pele. Como a pele continua a respirar e transpirar, as Bandas Neuromusculares contribuem para o efeito denominado “massagem/drenagem”.

Principais benefícios verificados após a
aplicação das Bandas Neuromusculares:

  • Melhoria no funcionamento muscular através da regulação do tônus muscular,
  • Melhoria da circulação sanguínea e drenagem linfática,
  • Atuando nas articulações através de:
ü  Estimulação da propriocepção
ü  Correção do movimento
ü  Aumento da estabilidade

Outra grande vantagem da Banda Neuromuscular prende-se com a possibilidade de uma aplicação circunscrita às necessidades específicas do membro do corpo. 





O Victor começou a utilizar bandagem este ano, e foram muito bons os resultados. Ele usa no braço e no queixo (todo mundo pergunta se ele machucou o queixou, pensando que é um curativo).
A do queixo ajuda no controle da deglutição de saliva

A bandagem permitiu ao Victor mais função dos braços e das mãos. Antes uma brincadeira simples de empurrar o carrinho o deixava irritado por não conseguir controlar os braços, depois da bandagem os movimentos involuntários diminuíram muito, facilitando os movimentos voluntários. Ele usa a bandagem uma semana sim outra não, nós a chamamos de luvinhas de super-herói.

Algumas tentativas não deram certo, em alguns lugares não teve o efeito desejado, mas para saber se dá certo, é só tentando.




terça-feira, 25 de outubro de 2011

Consulta com a fisiatra

Segunda o Victor passou com a fisiatra, que avaliou o raio-x do seu quadril, está tudo encaixado corretamente.

Mas a consulta foi marcada para avaliar se Victor evolui com as terapias da AACD. Ela disse que ele teve ganhos, foram sutis, mas teve, seus membros inferiores estavam mais relaxados, melhorou um pouco o alcance e o controle do pescoço.

Na minha opnião, ele se desenvolveu muito, principalmente na comunicação! Adoramos o trabalho da AACD, é nosso porto seguro.

Amanhã ele vai realizar a supervisão onde irão decidir se ele continua ou não, mas a avaliação da fisiatra também conta.

Torçam por nós!

Avaliação

Hoje realizamos uma avaliação na clínica Therapies para verificar se o Victor poderia realizar o tratamento e quais seriam as expectativas.

O atendimento foi ótimo, fomos muito bem recebidos, e a fisioterapeuta esclareceu todas as nossas dúvidas. Tem muito a ser trabalhado com o Victor, mas ela acredita que ele possa sentar sozinho com apoio das mãos até o final do tratamento de um mês, é claro que é somente uma expectativa, não é certeza, ele pode alcançar um pouco menos ou pouco mais, vai depender de como ele se desenvolve com os estímulos. Porém há uma certeza, ele vai ganhar muito! E só dele sentar, mesmo que seja com o apoio das mãos, será uma grande conquista!

Conhecemos a clínica e adoramos a estrutura, tem vários equipamentos que facilitam a estimulação de necessidades diferentes. Desejei mais ainda que o Victor podesse realizar este tratamento, por acreditar e ter certeza que ele poderá se desenvolver mais, ganhar novos movimentos e corrigir a postura.

 fisioterapeuta Marina


Agora é só batalhar para conseguir o valor para realizar o tratamento!

sábado, 22 de outubro de 2011

Teleton

O projeto Teleton nasceu nos Estados Unidos em 1966 com o incentivo do ator e comediante Jerry Lewis. Ele pretendia que uma campanha realizada na TV pudesse arrecadar recursos para o tratamento de portadores de deficiência física. O formato da atração conquistou tanto sucesso que já faz parte da programação televisiva de mais de 20 países.

No Brasil, o primeiro Teleton ocorreu em 16 de maio de 1998 no SBT com o objetivo de levantar recursos para o tratamento e reabilitação de pacientes atendidos nas unidades da AACD (Associação de Assistência à Criança Deficiente). Em sua primeira edição, o projeto arrecadou R$ 14.855.000, que foi utilizado para a construção de uma nova unidade da AACD em Recife (PE) e na reforma da unidade da Móoca, em São Paulo.

Em 2010, o evento arrecadou R$ 23,9 milhões, valor destinado à construção de uma nova unidade da instituição, em Mogi das Cruzes/SP, que deve começar ser concluída no final de 2011.
Todos os anos, durante a exibição do Teleton, o SBT tem uma programação especial totalmente voltada ao projeto. Em suas 26 horas, reportagens especiais sobre o trabalho feito pela a AACD, prestações de contas, artistas renomados e atrações musicais são apresentadas ao público diretamente dos estúdios do SBT no Complexo Anhanguera, ao vivo para todo o Brasil.
Nesta 14ª edição, que acontece nos dias 21 e 22 de outubro de 2011, a meta ficou ainda maior: R$24 milhões, suficientes para a instituição manter os atendimentos que já realiza e atender mais de 32 mil pacientes que estão na fila de espera.

Para doar:

R$ 05,00  0500 12345 05
R$ 10,00  0500 12345 10
R$ 30,00  0800 774 2011


sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Sim e Não

 

Apesar de ser expressivo, estamos tentanto introduzir as plaquinhas de sim e não para facilitar nossa comunicação, e a comunicação do Victor com as outras pessoas. Sim, tentando, e imaginei que seria mais fácil. 

Ás vezes ele consegue utilizar as plaquinhas muito bem, e algumas vezes ele só quer brincar. Mas vamos continuar tentando, tentando e tentando... ainda é algo novo, ele vai explorar, experimentar, tentar do jeito errado e acertar...

As placas são utilizadas pelas crianças para informar se querem algo ou não de uma forma mais clara. Está sendo um pouco difícil introduzir essa nova ferramenta na comunicação do Victor, porque ele já estava acostumado a utlizar o olhar para apontar o que queria, mas o "não" era um pouco menos evidente. E como o olhar funcionava, ele acabava ignorandoo o "sim".

Muitas vezes tenho que forçar um pouco. Quando pergunto se ele quer brincar de novo, e ele só olha para o brinquedo e faz "uh" (que antes já era suficiente para simbolizar o sim), não começo a brincadeira até ele olhar para o sim e depois para o brinquedo. Aí ele entende, e toda vez que pergunto, ele olha para a placa e depois para o brinquedo, mas depois com outra atividade temos que começar tudo de novo.

O não ele entende quando mostro para ele indincando que ele não pode fazer algo, mas quando é para ele informar que não quer algo, é mais difícil.

Já conseguimos avanços, mas foram todos através de experiências em situações de "sim" e de "não" e tentativas.

Menino bravo

Ontem fomos em São Sebastião pegar o molde do aparelho auditivo e aproveitamos o passeio para comprar uma sandália para o Victor. 

Começamos a experimentar as sandálias, e ele conferia tudo pelo espelho, e a preferência claro, era por aquelas que tinham uma luzinha vermelha. De repente alguém puxa nosso espelho, e ele olha com uma expressão muito brava para a pessoa e fala "UH", e mais uma vez ele me surpreende com sua personalidade.

Adivinhe a escolhida ? A da luzinha vermelha!

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Cognitivo e o brincar

Quando se tem uma criança com deficiência motora, a coordenação é o que se torna mais evidente, e assim, nossa maior preocupação se volta para o corpo, e procuramos terapeutas para iniciarem um trabalho de reabilitação com o intuito de ajudar a criança se organizar fisicamente nas atividades diárias e evitar atrofia dos membros.  
E o cognitivo, como que fica?
O cognitivo não deve ser esquecido, se não também atrofia.  A criança comum se desenvolve através da exploração dos objetos e das brincadeiras, e como a criança especial tem dificuldades em fazer isso sozinha, precisa de ajuda para descobrir como brincar.
Com o Victor começamos com brincadeiras de ação e reação, como no boliche, que precisa empurrar a bola para derrubar os pinos.
brinquedo de ação e reação
E com a ajuda de um acionador (caseiro) ele conseguia brincar com aqueles brinquedos que tem um botão pequeno para ligar.

botão convencional on/off, muito difícl para os peq

com o acionador caseiro ele conseguia ligar o brinquedo, porque o botão sendo maior ficava acessível 

E depois ele começou a entender que a comunicação através do olhar funcionava, e começamos as atividades de escolhas.  Apresentávamos dois brinquedos a ele, e com um olhar ele apontava com qual queria brincar. Na montagem de blocos a mesma idéia, ele apontava com o olhar a peça que ele queria, e o ajudávamos na coordenação.
Decidimos tentar o lúdico, iniciando pelas atividades que ele já realizava no dia-a-dia, como se alimentar, deixando ele indicar o que queria fazer. 
brincando de dar comida  à boneca

e tem diversão também

ele olha para a panelinha de comida, depois olha para o beneca

brincando de lava rápido

e mecânico

E assim, de acordo com sua compreensão, fomos aumentando a estória: íamos da casa até o supermercado fazer compras para preparar a comida da boneca.
casinha feita com caixa de sapato

 escolhendo os produtos

 guardando no carrinho com ajuda da mamãe

e agora sozinho
O lúdico é um processo importante para desenvolver o cognitivo e para a utilização da comunicação alternativa, mas eu acho que a criança também precisa se divertir, se não perde o sentido da brincadeira.  Nas primeiras vezes o Victor só queria explorar os brinquedos, depois ele foi entendendo a brincadeira lúdica, mas foram várias tentativas, cada criança tem o seu tempo. Hoje quando ele vê alguma mão alimentando o filho, ele fica todo animado e quer participar também, oferecendo comida à criança.
Agradeço muito a nossa querida fono Andrea (AACD), que tem nos ajudado muito com a comunicação. Depois que aprendemos a se comunicar melhor, tudo ficou mais fácil, o Victor está menos nervoso porque consegue dizer através de expressões e olhares o que quer. Existem vários anjos cruzando nosso caminho, e ela é um deles.  

Toda crinaça tem o direito de brincar muito e se divertir muito!

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Dia das Crianças!

Esse ano, decidi comemorar o dia das crianças levando o Victor a um evento.
No começo fiquei um pouco preocupada, sem saber se teria alguma atividade que ele podesse participar, mas chegando lá, me surpreendi com a dinâmica do evento, todas as atividades eram de recreação, e isso me deixo muito feliz, pois não tinha aquela comercialização geralmente tão vista no dia das crianças, e os pequenos aproveitam para explorar sua criatividade!
 
Tivemos uma tarde bem agradável, brincamos, desenhamos, encontramos amigos! Ele ficou bem a vontade com as outras crianças (o que me deixou bem tranquila), participou de várias atividades, e no final até dormiu um pouquinho, vencido pelo cansaço. 
Foi só diversão!  
Ano que vem repetiremos tudo de novo!



e a cara que ele fez quando se viu no espelho?

bruxinho...

A linda Lúcila também estava por lá
   
pintando o sete

o momento de leitura e de imaginação

a arte das crianças

e o presente para levar para casa

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Diário

O Victor tem perda auditiva (leve do lado direito e moderadamente severa do lado esquerdo), faz uso de próteses auditivas, mas não dá para saber ao certo como ele escuta. Por isso, além de usarmos a  fala, também usamos a LIBRAS. 

Ele se comunica muito através do olhar, faz escolhas, aponta o objeto que quer algumas vezes com o braço, e outras com o olhar e emitiu o seu "uh". Se pergunto: cadê a barriguinha? ele logo olha para a barriga e da risada! Se perguntar cadê a mamãe, ou a vovó, ele também localiza rapidamente. Ele também aprendeu algumas expressões faciais para dizer, por exemplo, que está com sono. E na hora de comer? Olha para a cozinha e não sossega com os seus "uh's" até eu preparar algo para ele comer.

A comunicação mais utilizada pelas crianças como paralisia cerebral que não falam, é a comunicação alternativa feita através de cartões e pranchas de comunicação.


Mas até chegar lá tem um longo caminho. Por enquanto estamos criando um diário, onde contamos tudo que ele faz de uma forma um pouco diferente da convencional. Desenhamos, trazemos conchinhas da praia, luva do dentista e colocamos tudo no diário, assim ele começa a associar as figuras ou objetos a determinadas atividades, digamos que é uma "introdução" à comunicação alternativa.


Capa

Fisioterapia (feita com colagens e eva)

Equoterapia

Dentista

Bingo na APAE

Na folha ao lado desenhamos a seta para indicar a folha anterior

Ele adora mostrar o diário aos amigos, passa a mão nas imagens e imiti muitos "uh's", contando suas atividades.  


O sapo não lava o pé

O sapo não lava o pé



O Victor sempre gostou de músicas (cd preferido: galinha pintadinha), mas eu tive que aprender a cantar com ele! Isso mesmo, desconfiou que elé já sabia há muito tempo, mas só fui aprender a "escutá-lo" nas músicas com a musicoterapia. E não para por aí, até violão  ele está apredendo a tocar, acho até que ele está tomando posse do meu, que tenho há mais de 10 anos e nunca aprendi a tocar nada! 


Da Perfeição da Vida
Por que prender a vida em conceitos e normas?
O Belo e o Feio... O Bom e o Mau... Dor e Prazer...
Tudo, afinal, são formas
E não degraus do Ser!

Mário Quintana


segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Raio X do quadril


A cada seis meses o Victor realiza um raio x da bacia ap neutro + abdução para verificar como está o seu quadril. Ele sempre briga com o técnico que precisa imobilizá-lo para não dar erro. Mas hoje foi diferente, na segunda tentativa por uma boa imagem, a técnica deu ao Victor o seu celular, e pronto, o menino ficou quietinho! E ainda ganhou um pica-pau (?) feito com a luva da técnica!




A importância do controle periódico do raio x

O tipo clínico mais comum de paralisia cerebral é o espástico, em torno de 75%. A espasticidade pode ser definida como um aumento da resistência para movimento passivo associado a hiperreflexia, hipertonia, hipersensibilidade aos estímulos sensoriais e clônus, secundários à lesão do neurônio motor superior.

A PC Espástica pode se manifestar na criança através de fraqueza motora, contraturas musculares, assimetria postural, falta de controle de cabeça e pescoço, perda da habilidade motora, permanência de reflexos primitivos. Tais características interferem na mobilidade, no auto cuidado e no posicionamento, induzindo assim, a contraturas e deformidades articulares, como escoliose, flexão de joelhos, equinismo, flexão, adução e rotação interna do quadril com instabilidade e possível luxação deste.

QUADRIL INSTÁVEL

A incidência das alterações no quadril varia de acordo com a gravidade da doença e com o grau de envolvimento corporal. A instabilidade do quadril é uma importante complicação no tratamento de crianças com Paralisia Cerebral. Sua etiologia é multifatorial e sua incidência varia de 26 a 60%, dependendo do tipo de acometimento da doença.

O quadril instável se não tratado em tempo hábil, fatalmente progredirá para subluxação e eventual luxação da cabeça femoral em relação ao acetábulo. Esta, pode ser de dois tipos; luxação anterior, caracterizada pela contratura em extensão do quadril; e luxação póstero-superior, caracterizada principalmente pelo encurtamento de adutores e iliopsoas.




Victor na fisio

Segunda é dia de fisioterapia com a Day (fisio, amiga e orientadora). 








Paralisia Cerebral e a Fisioterapia Neurológica

A Paralisia Cerebral é definida como lesão ou malformação do encéfalo imaturo de caráter permanente, mas não progressivo, que leva a alterações da postura e do movimento permanente mas mutáveis. A Paralisia Cerebral pode ocorrer no período pré-natal (mal formação do cerebral, doenças como a rubéola, HIV entre outros) ; no período perinatal (durante o nascimento - circular de cordão, anóxia (falta de oxigênio no tecido nervoso) hipóxia (diminuição de oxigênio para o tecido nervoso) entre outros) e no período pós-natal (quedas, acidentes automobilísticos; atropelamentos; semi-afogamento; espancamento) entre outros).

Existem vários tipos de distúrbios neurológicos e sensoriais que a criança com Paralisia Cerebral pode ter entre eles temos: distúrbios visuais, auditivos e de deglutição dependendo do tipo de sequela neurológica, ou seja do tipo de distúrbio motor apresentado.

A Paralisia Cerebral é classificada como quadriparesia (foto 1)quando a criança tem todo o corpo afetado e os membros superiores são os mais acometidos. Diparesia (foto 2) quando a criança tem todo o corpo afetado porém os membros inferiores são mais acomentidos. Hemiparesia (foto 3) quando metade do corpo é afetado sendo o membro superior mais acometido. Ainda podemos classificar a Paralisia Cerebral quanto ao tipo de tônus como: espástica; atetose, coreica, atáxica, hipotonica e mista (quando ocorre mistura dos diferentes tipos de tônus).

A Fisioterapia como parte da equipe multiprofissional tem papel fundamental na habilitação da criança. Os objetivos da Fisioterapia são adequação do tônus muscular; inibição dos reflexos patológicos (reflexo tônico cervical assimétrico; reflexo tônico cervical simétrico e reflexo tônico labirintico) e dos reflexos primitivos; para a facilitar a aquisição de posturas e de movimento mais coordenados, harmoniosos com pouco gasto energético, facilitando assim as atividades de vida diária

domingo, 9 de outubro de 2011

Receita para fazer com os pequenos

Nessa tarde nublada de domingo, colocamos a mão na massa, ou melhor no bolo! E como sou uma pessoa desprovida de dotes culinários, optei por algo muito prático, mas que o Victor adora: bolo de chocolate no microondas!
Fácil, rápida e saborosa essa receita de bolo feito na caneca. Os pequenos vão adorar fazer!


Bolo de chocolate

  • 1 ovo
  • 4 colheres (sopa) de leite
  • 3 colheres (sopa) de óleo
  • 2 colheres (sopa) rasas de chocolate em pó
  • 4 colheres (sopa) rasas de açúcar
  • 4 colheres (sopa) rasas de farinha de trico
  • 1 colher (café) rasa de fermento em pó
Modo de preparo:

Bata bem o ovo com o garfo. Acrescente o óleo, o açúcar, o leite, o chocolate e bata mais. Acrescente a farinha e o fermento e mexa delicadamente até incorporar. Leve por 3 minutos no microondas na potência máxima.

Obs: fica muito bom com sorvete!


Olha a bagunça...


hummm!


sábado, 8 de outubro de 2011

A idéia do blog

Há muito tempo tenho uma vontade de criar um blog onde eu podesse trocar e somar experiências com outras famílias que tinha uma criança especial.... até porque foi garimpando blogs de outras mães especiais que aprendi muito, mas a falta de tempo, aliada à preguiça adiavam essa vontade.

Há duas semanas atrás, assisti alguns videos de um tratamento intensivo realizado em Campinas, onde crianças portadoras de deficiências motoras conseguem adquirir um melhor controle de seu corpo em apenas um mês, e esta  mesma conquista demoraria anos através da fisioterapia convencional.
Fique super animada e já fui anotando o telefone para em seguidar ligar.
Ligo e surpresa: 10 mil reais um mês de terapias (o indicado é de 3 a 4 semanas).
Na mesma hora murchei, por não ter essa quantia, e acreditar que este tratamente daria muitos ganhos ao meu filho.

Fiquei alguns dias pensando, pensando e pensando e lá veio a idéia do blog de novo, por que não?

Então, estou tentando criar este blog (que pensei que seria mais fácil), para ter a troca e soma de experiências (idéia inicial)  e ajudar o Victor a conseguir este valor para fazer o tratamento (nova idéia).

Não sei ainda como fazer tudo isso, mas decidi começar algo para os caminhos irem se formando.

Paralisia Cerebral e o desconhecido

O que é Paralisia Cerebral?

" É uma lesão de uma ou mais partes do cérebro, provocada muitas vezes pela falta de oxigenação das células cerebrais.
Acontece durante a gestação, no momento do parto ou após o nascimento, ainda no processo de amadurecimento do cérebro da criança. É importante saber que o portador possui inteligência normal (a não ser que a lesão tenha afetado áreas do cérebro responsáveis pelo pensamento e pela memória).
Mas se a visão ou a audição forem prejudicadas, a pessoa poderá ter dificuldades para entender as informações como são transmitidas; se os músculos da fala forem atingidos, haverá dificuldade (...).
(...) Esta patologia define um conjunto de lesões permanentes no cérebro que ocorrem no período pré-natal, peri-natal ou pós natal, ou seja, antes, durante ou após o nascimento. Pode ocorrer também alterações mentais, visuais, auditivas, de linguagem e/ou comportamento com movimentos ativos intermitentes. As lesões cerebrais variam conforme a área afetada, o tempo de lesão e intensidade da mesma, porém neste tipo de encefalopatia a lesão não é progressiva.
Na literatura especializada, existe uma gama enorme de definições que conceituam a encefalopatia crônica não progressiva da infância (ECNPI). Segundo Little Club (1959) "paralisia cerebral é uma desordem do movimento e da postura, persistente, porém variável, surgida nos primeiros anos de vida pela interferência no desenvolvimento do sistema nervoso central, causada por uma desordem cerebral não progressiva." Outra definição é aquela formulada por Barraquer Bordas (1966), segundo a qual a "PC" é a seqüela de uma agressão cerebral, que se caracteriza primordialmente por um transtorno persistente, porém não invariável, do tônus, da postura e do movimento, que surge na primeira infância e que não é somente secundária a esta lesão não evolutiva do encéfalo, mas se deve também à influência que a referida lesão exerce sobre a maturação neurológica."
O termo paralisia cerebral não é o mais correto, embora seja usualmente falado, pois caracterizaria desta forma uma perda total das funções cerebrais, o que não defini as lesões focais ocorridas com consequências no desenvolvimento neurológico do paciente." (fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Paralisia_cerebral)

O Victor com 7 dias de vida foi encaminhado ao neurologista, que o diagnosticou com encefalopatia crônica não progressiva. Han?! Eu não tinha idéia do que era... e mesmo assim chorei muito. Depois que descobri o que era, chorei mais ainda. Foram 9 meses se preparando para receber uma criança igual a todas que eu conhecia, e quando o Victor nasceu e recebemos seu diagnóstico, ficamos diante do desconhecido, e ninguém nos entregou um manual de instrução explicando detalhadamente o que fazer.

Os meses seguintes foram de medo, frustação, dor, negação e vários outros sentimentos negativos.

Aí aconteceu: comecei a ver o Victor com um outro olhar, deixando de lado todas as suas necessidades especiais e, descobri que eu tinha um filho maravilhoso, cheio de vida, vontades próprias, que adora uma praia e fica bravo quando é contrariado.

Depois que conheci  Victor, a criança, foi então que comecei a entender mais sobre sua deficiência, e a paralesia já não é mais uma inimiga, aos poucos estamos aprendendo como conviver e vencer algumas dificuldades, só temos que ser um pouco mais criativos para desenhar, brincar no escorregador ou se comunicar.

Todos os dias eu me apaixono novamente pelo  sorriso do meu filho e o agradeço por "desacelerar" minha rotina, porque é assim que estou aprendendo a enxergar as riquezas da vida e me permitindo ser feliz. Aprendi a comemorar todas as conquistas, desde um novo movimento da mão, levando a escova de dentes até a boca, ou um novo balbucio, até a realização de sua matrícula em escolar regular